No auge do redescobrimento dos primordiais – Terragon, Aetherius, Aquamortis, Raijin Primordial, Lithos, Zephyra, Incendius, Nox Primordial e os Guardiões Elementais – enquanto o panteão de Zestial debatia a natureza e o potencial dessas entidades ancestrais e o mundo mortal hesitava entre a curiosidade instigante e o terror paralisante, as palavras de um ser que transcendia a própria divindade ressoaram na memória de Zestial com uma clareza assustadora. Era a voz de Illunight, e seu enigmático "mundo experimento". A lembrança da conversa que tiveram antes mesmo da ascensão de Zestial à divindade agora se revestia de um significado profundamente perturbador, revelando a verdadeira natureza dos Personificados e o destino inerente daquele cosmos.
Flashback: A Sala Branca e a Essência da Realidade
Em um instante, a consciência divina de Zestial foi transportada de volta àquela sala de escritório completamente branca, um vazio imaculado no tempo e no espaço. Diante dele estava Illunight. Não era um deus no sentido tradicional que Zestial agora compreendia, mas um Personificado – a encarnação viva da luz, da sombra e do equilíbrio fundamental entre ambas. Sua própria existência era a personificação dessas forças primordiais, muito além da compreensão do que era divino. A mente de Zestial, agora imbuída de uma percepção cósmica recém-descoberta, revisitava cada palavra daquele encontro fatídico, percebendo nuances que antes eram imperceptíveis.
"Tenho muitas perguntas, mas não sei se quero as respostas", Zestial, ainda um mortal confuso e prestes a morrer, havia comentado enquanto Illunight analisava os papéis com uma indiferença que emanava da sua própria natureza atemporal e da sua compreensão de uma realidade muito maior.
"Você sabe que obterá respostas de qualquer maneira, certo?" Illunight havia respondido, a dualidade da sua personificação refletida em seu tom de voz, que continha tanto a clareza cortante da luz quanto a profundidade misteriosa da sombra.
O momento da revelação de sua morte bizarra pela pedra colossal, a explicação sobre a natureza intrínseca dos Personificados – seres que são aquilo que seus títulos representam, como Timelines sendo a própria personificação do tempo, e Destiny sendo o próprio destino – e o anúncio chocante de seu destino como um novo deus do "mundo experimento" de Illunight, tudo isso passou por sua mente com uma intensidade renovada. Mas foi uma frase específica que agora o atingiu com uma força que abalou os alicerces de sua recém-adquirida divindade, ressoando em sua essência.
"Seu mundo... seu pequeno experimento... as sombras que você tanto se esforça para conter... elas já existiam, Zestial. Apenas adormecidas. E quando despertarem... seu panteão, seus campeões... nada poderá detê-las."
Naquele momento anterior, Zestial, absorto na incredulidade de sua nova realidade divina e na promessa de ser um deus, havia interpretado as palavras de Illunight dentro da sua limitada compreensão. Ele acreditava que o "experimento" se referia ao mundo que ele ajudaria a moldar com seu panteão, e as "sombras" seriam as inevitáveis ameaças futuras que surgiriam do caos ou da maldade.
A Essência Primordial e a Verdade Além do Divino: O Véu Rasgado
Agora, contemplando o despertar de Terragon, Aetherius, Aquamortis, Raijin Primordial, Lithos, Zephyra, Incendius, Nox Primordial e dos Guardiões Elementais, a verdadeira e assombrosa extensão das palavras de Illunight o atingiu com uma força cósmica avassaladora. Esses seres primordiais, essas entidades colossais que personificavam as forças elementais e os mistérios do universo em sua forma mais pura, antiga e indomável, existiam muito, muito antes da criação de seu panteão e até mesmo antes da intervenção dos próprios Personificados naquele mundo nascente. Eles eram as "sombras adormecidas" que Illunight, em sua visão além do divino, havia previsto – não meras ameaças futuras, mas a própria essência primordial do planeta, que estava inexoravelmente despertando de um sono milenar.
A realização gelou a essência divina de Zestial até o âmago. O "mundo experimento" de Illunight não era o seu panteão recém-criado, nem os Lanternas Primais que ele havia concedido poderes, mas sim o próprio planeta em si, um palco cósmico onde forças primordiais e antigas, que precediam até mesmo a ordem dos Personificados, se encontrariam com as emoções divinas e a nova ordem, em um choque de eras e conceitos.
O Significado Cósmico e o Legado da Personificação: A Grande Revelação
As palavras de Illunight agora se revelavam não como uma maldição, uma profecia sombria ou um mero aviso no sentido tradicional, mas como uma constatação fria e factual da natureza fundamental daquele mundo, vista através da lente de um ser cuja compreensão e existência transcendiam a própria divindade. Talvez o próprio Illunight, em sua personificação do equilíbrio fundamental entre luz e sombra, tivesse plena consciência dessas forças primordiais adormecidas desde o princípio, sabendo que seu despertar era uma parte inevitável e intrínseca do ciclo cósmico daquele "mundo experimento". Sua menção ao "experimento" era, portanto, uma observação profunda sobre a inevitável e complexa interação dessas forças primordiais com o novo panteão e os seres que Zestial moldaria, uma dança cósmica de poder e evolução.
A Reação do Panteão e a Compreensão da Escala Cósmica: Humildade Divina
Zestial compartilhou a lembrança revivida e a nova, e perturbadora, compreensão das palavras de Illunight com os outros deuses de seu panteão. A revelação lançou uma sombra de reverência e apreensão sobre todos eles, forçando-os a reavaliar sua própria posição e poder no universo.
Hagoromo Ōtsutsuki, cuja sabedoria já abrangia eras e a história do chakra, reconheceu a profundidade e a complexidade da situação, ponderando sobre o equilíbrio cósmico que agora se revelava infinitamente mais vasto e antigo do que jamais imaginara, influenciado por forças que precediam até mesmo os deuses mais ancestrais.
Kaguya Ōtsutsuki, sentindo a poderosa e primordial ressonância dessas entidades com o próprio chakra e a energia natural do planeta, percebeu que estavam lidando com uma escala de poder e existência que transcendia a própria divindade, aproximando-se da essência da criação.
Até mesmo Raven (Deus da Ira) e Ofídio (Deus da Ganância), mestres do caos e da ambição, sentiram um reconhecimento instintivo da magnitude dessas forças primordiais, entendendo que suas próprias maquinações e buscas por poder eram, em última análise, insignificantes em comparação com o despertar de tais entidades. Era uma humildade que raramente sentiam.
Luna (Deusa dos Elementos) e Susano'o (Deus das Tempestades) sentiram uma conexão ainda mais profunda com o planeta, compreendendo que seus próprios domínios eram apenas manifestações de algo muito, muito mais antigo e fundamental.
As palavras de Illunight, antes um eco distante e enigmático de um encontro estranho, agora se provavam uma verdade fundamental e irrefutável sobre a natureza daquele mundo. O "mundo experimento" não era meramente um teste de poderes divinos, mas um ponto de encontro entre a ordem cósmica dos Personificados, o poder nascente do panteão de Zestial e as forças primordiais que jaziam adormecidas desde a própria criação do planeta. O despertar dos primeiros monstros não era apenas um evento histórico, mas a manifestação de uma realidade cósmica prevista por um ser cuja compreensão se estendia além do véu da divindade e da própria concepção de tempo. O futuro do mundo Naruto x Pokémon, agora mais do que nunca, estava envolto na compreensão da sua própria origem primordial, sob a perspectiva reveladora de Illunight.