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Chapter 28 - Capítulo 27: Ecos de Eras Esquecidas - O Redescobrimento dos Primordiais

Com a ascensão do vibrante panteão de Zestial e o surgimento dos poderosos Lanternas Primais, a memória dos primeiros monstros da mitologia – as entidades primordiais que moldaram o mundo em sua aurora – começou a desvanecer-se, relegada a lendas sussurradas em fogueiras e contos folclóricos vagos, muitas vezes confundidos com meros mitos. No entanto, a própria natureza cíclica do poder cósmico e as perturbações massivas causadas pelo despertar de Ignis – o antigo Elemental da Terra e do Fogo – começaram a agitar as energias ancestrais adormecidas, levando ao inevitável e alarmante redescobrimento dessas entidades primordiais.

Perturbações Elementais e Sinais Inquietantes: O Mundo em Alerta

As consequências do despertar de Ignis reverberaram por todo o planeta, causando um aumento sem precedentes na atividade elemental. Vulcões adormecidos por milênios entravam em erupção em regiões há muito consideradas seguras, cuspindo cinzas e lava. Tempestades mais violentas e duradouras do que o normal assolavam os oceanos, provocando tsunamis em costas distantes. Fenômenos atmosféricos estranhos e grandiosos – como auroras boreais em latitudes incomuns e nuvens que formavam rostos imponentes – foram avistados nos céus. Essas perturbações não eram apenas naturais; elas começaram a despertar memórias ancestrais adormecidas no próprio tecido do mundo, nos instintos mais primitivos das criaturas e nas profundezas da psique humana.

Encontros Inesperados e Lendas Reavivadas: O Véu é Rasgado

Em locais remotos, intocados pela civilização moderna e pela influência dos shinobis e treinadores, começaram a ocorrer encontros inexplicáveis com o que só podiam ser descritos como seres de lenda. Marinheiros que se aventuravam em águas proibidas avistavam sombras colossais nas profundezas abissais do oceano, ecoando as antigas lendas de Aquamortis, o Senhor das Águas Primordiais. Exploradores em cadeias montanhosas isoladas testemunhavam a terra tremer sob passos invisíveis, tão pesados que rachavam o solo, sussurrando o nome esquecido de Terragon, a encarnação do coração vulcânico do mundo. Tribos antigas, isoladas do resto do mundo por barreiras naturais e séculos de distância, reviviam rituais ancestrais em homenagem a seres elementais poderosos, transmitindo histórias de Zephyra dançando livremente nos ventos e Incendius rugindo nas chamas que purificavam e destruíam.

Atenção Divina e Pesquisas Iniciais: O Panteão Pondera

Luna, com sua profunda e recém-fortalecida conexão com todos os elementos e com a própria essência do planeta, sentiu o despertar dessas energias primordiais com uma intensidade crescente e uma sensação de presságio. Ela compartilhou suas preocupações com Zestial e os outros deuses, alertando-os para a possibilidade de forças ancestrais, muito anteriores a eles, se agitarem novamente.

Hagoromo Ōtsutsuki, o deus da sabedoria, mergulhou em textos antigos e memórias planetárias, buscando freneticamente desenterrar informações sobre esses seres lendários, vasculhando bibliotecas dimensionais e o próprio fluxo de chakra. Kaguya Ōtsutsuki, com sua percepção aguçada do fluxo do chakra e da energia natural, sentia a ressonância dessas entidades primordiais com o próprio tecido da existência, como se antigas linhas de poder estivessem sendo religadas.

Os Lanternas Primais Testemunham o Poder Antigo: O Visível e o Sentido

Os Lanternas Primais, cada um sensível a um espectro emocional e agora mais sintonizados com as energias do mundo devido ao seu treinamento divino, também começaram a encontrar vestígios do poder primordial em suas missões e treinos.

Em uma região assolada por tempestades inexplicáveis que pareciam surgir do nada e durar dias, o portador do Anel Azul da Esperança vislumbrou uma figura feita de vento e eletricidade, uma manifestação fugaz do Raijin Primordial, sentindo uma esperança de que a natureza pudesse encontrar seu equilíbrio novamente.

Em uma floresta antiga e misteriosa, onde as árvores pareciam sussurrar segredos de eras, o portador do Anel Verde da Força de Vontade (Naruto) sentiu a presença imponente e silenciosa de uma entidade rochosa, maciça e imóvel, um eco distante de Lithos, o guardião da terra.

O portador do Anel Vermelho da Raiva, ao se deparar com um incêndio incontrolável de proporções bíblicas que ameaçava engolir vilarejos inteiros, sentiu uma presença ardente e caótica, uma reminiscência avassaladora do poder de Incendius, o fogo primordial, sentindo sua própria raiva ser testada contra essa fúria elemental.

Ash, com o Anel Branco da Vida, sentiu as anomalias energéticas e ajudava os Pokémon afetados pelas perturbações, notando a intensidade e a "idade" da energia que emanava.

O Despertar da Curiosidade e do Medo: Rumores e Reações

O redescobrimento desses monstros primordiais gerou uma onda de curiosidade ávida e um medo ancestral no mundo mortal. Cientistas e exploradores mais audaciosos se aventuravam em busca de evidências físicas dessas lendas, arriscando suas vidas para documentar as manifestações. Enquanto isso, as autoridades das Vilas Ocultas, os Kages e seus conselheiros, temiam o potencial destrutivo dessas forças ancestrais, ponderando se poderiam ser seladas, controladas ou se representavam uma ameaça existencial.

O Próximo Passo: Aliados ou Adversários?

O despertar dos primordiais representava um novo capítulo, incerto e potencialmente perigoso, na história do mundo Naruto x Pokémon. Eram eles ameaças a serem contidas, forças da natureza a serem compreendidas e respeitadas, ou talvez até mesmo aliados em potencial contra desafios futuros que ainda aguardavam? O redescobrimento dessas entidades lendárias forçaria o panteão de Zestial, os Lanternas Primais e o mundo mortal a confrontarem um passado esquecido, a decifrar a natureza dessas forças e a se prepararem para um futuro onde os ecos da criação primordial ressoariam mais uma vez. O mistério de sua natureza e seu papel no equilíbrio cósmico estava prestes a ser revelado, prometendo novos conflitos e talvez inesperadas alianças.

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