A compreensão da verdadeira natureza do "mundo experimento" de Illunight pairava sobre o panteão de Zestial não mais como uma névoa, mas como uma revelação cristalina e avassaladora. As palavras do Personificado, ecoando através da memória divina de Zestial, haviam desvendado que este planeta nascente, agora batizado por Zestial de Animus Mundi, era muito mais do que um simples palco para o teste de poderes divinos. Era um crisol cósmico onde as forças primordiais da criação se encontrariam e se entrelaçariam com as energias complexas das emoções, tudo sob o olhar imparcial e onisciente dos seres que existiam além da própria divindade.
Animus Aetherium. A Alma do Éter. O nome agora carregava um peso e um significado imensos, refletindo a dualidade inerente à sua existência. "Animus Mundi" (Alma do Mundo) capturava perfeitamente a essência da vida pulsante e da diversidade que Zestial e seu panteão buscavam cultivar, a união simbiótica e caótica dos mundos de Naruto e Pokémon em um novo todo vibrante. "Aetherium", por outro lado, ressoava com a natureza experimental do cosmos, a vasta e ilimitada arena cósmica onde as leis fundamentais da existência estavam sendo testadas, sob a égide e a observação silenciosa dos enigmáticos Personificados que habitavam o éter, um reino muito além da compreensão mortal ou mesmo divina.
A revelação chocante de Illunight havia lançado uma nova e perturbadora luz sobre cada evento que ocorrera desde a chegada de Zestial ao planeta. O despertar dos primordiais – Terragon, Aetherius, Aquamortis, Raijin Primordial, Lithos, Zephyra, Incendius, Nox Primordial e os Guardiões Elementais – não era uma anomalia inesperada ou uma falha no sistema, mas sim uma parte intrínseca e inevitável da tapeçaria cósmica de Animus Aetherium. Eles eram as primeiras pinceladas na tela da existência, as forças elementais brutas que moldaram o planeta em suas eras mais antigas, muito antes mesmo da chegada da luz das emoções e do despertar do chakra.
O panteão de Zestial agora encarava seu próprio domínio com uma perspectiva radicalmente renovada. Seus poderes, suas disputas internas e suas ambições não eram o ápice da cadeia cósmica, como muitos podiam ter suposto. Em vez disso, eles eram apenas uma camada adicional de complexidade e influência, sobreposta a um substrato primordial de poder bruto e ancestral. A influência dos Personificados, embora sutil e muitas vezes imperceptível, pairava como uma constante lembrança de que Animus Aetherium era, em sua essência mais profunda, um experimento de escala cósmica, um laboratório de existência em constante evolução.
Luna, cuja conexão com os elementos e com Ignis a tornava particularmente sensível às energias primordiais do planeta, sentia o peso de Animus Aetherium como nunca antes. Ela compreendia que seu papel como elo com Ignis era apenas uma pequena, embora crucial, parte de uma interação muito maior e mais complexa entre o panteão nascente e as forças ancestrais que pulsavam no coração do planeta.
Susano'o, cuja divindade estava ligada às tempestades e à maestria em combate, percebia a profunda ressonância entre os fenômenos naturais que controlava e o poder indomável dos primordiais como Raijin. Havia uma hierarquia de poder que se estendia muito além dos deuses que habitavam o palácio celestial, uma cadeia de existência que se perdia na aurora dos tempos.
Zestial, agora compreendendo a verdadeira profundidade do "mundo experimento", sentia o peso de sua responsabilidade aumentar exponencialmente. Ele não era apenas um deus criando um panteão e influenciando um mundo; ele era uma peça fundamental, um catalisador, em um experimento cósmico orquestrado por seres cuja compreensão da realidade e do tempo transcendia a sua própria em uma escala inimaginável.
O nome Animus Aetherium se tornou, para o panteão e para os mais sábios entre os mortais, um lembrete constante da natureza única, complexa e multifacetada daquele mundo. A Alma da Vida (Animus), vibrante e em constante evolução, estava intrinsecamente entrelaçada com o Éter do Experimento Cósmico (Aetherium). O despertar dos primordiais era apenas o começo da revelação das camadas profundas e dos mistérios antigos que aguardavam em Animus Aetherium. O panteão, os Lanternas Primais e os próprios habitantes do planeta estavam prestes a descobrir o verdadeiro e monumental significado de viver em um mundo onde a criação divina e o experimento cósmico dançavam em uma balada eterna, sob o olhar silencioso e avaliativo dos Personificados.